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Introdução ao ESG

“O potencial da humanidade é infinito e todo ser tem uma contribuição a fazer por um mundo mais grandioso.
Estamos todos nele juntos. Somos um.” – HELENA P. BLAVATSKY

DEFINIÇÃO

O termo ESG é usado para se referir a práticas empresariais e de investimento que se preocupam com critérios de sustentabilidade – e não apenas com o resultado financeiro. A sigla vem do inglês “Environmental, Social and Governance“, que em português pode ser traduzido como ambiental, social e governança. A adoção do ESG representa uma verdadeira mudança de paradigma nas relações entre as empresas e seus investidores, já que práticas tradicionalmente associadas à sustentabilidade passaram a ser consideradas como parte da estratégia financeira das empresas.

ORIGEM

O termo foi cunhado em 2004 em uma publicação pioneira do Banco Mundial em parceria com o Pacto Global da Organização das Nações Unidas (ONU) e instituições financeiras de 9 países, chamada Who Cares Wins(Ganha quem se importa). O documento é resultado de uma provocação do então secretário-geral da ONU, Kofi Annan, a 50 CEOs de grandes instituições financeiras do mundo. A proposta era obter respostas dos bancos sobre como integrar os fatores ESG ao mercado de capitais.

VISÃO DE FUTURO

O ESG é usado como uma espécie de métrica para nortear boas práticas de negócios. Alguns aspectos observados quando se fala em ESG são os impactos ambientais e sociais da cadeia de negócios, as emissões de carbono, a gestão dos resíduos e rejeitos oriundos de determinada atividade, questões trabalhistas e de inclusão dos trabalhadores e a metodologia de contabilidade, dentre outras. Tudo isso ganha força dentro de um contexto em que grandes empresas têm suas ações listadas em bolsas de valores e há cobrança por parte de acionistas e fundos de investimentos por práticas que garantam a sobrevivência de uma empresa a longo prazo.

As grandes instituições têm interesse na rentabilidade das empresas das quais são acionistas e por isso os investidores passaram a aumentar a cobrança pela adoção e divulgação de práticas de negócios baseadas em ESG, já que a falta de compromisso ambiental tem sido vista como um risco crescente para a sustentabilidade do sistema financeiro global. Empresas e investidores mais atentos já perceberam que a sobrevivência de seus negócios depende da continuidade da espécie humana, fortemente ameaçada pela crise climática iminente.

Ao mesmo tempo, os pequenos investidores, cada vez mais comuns nas bolsas de valores pelo mundo, analisam esses relatórios e as estratégias de ESG adotadas pelas empresas para escolher qual o direcionamento de seus aportes. Para quem se preocupa com o meio ambiente, o ESG é uma boa forma de acompanhar as práticas de governança e sustentabilidade de uma empresa, verificando se os valores que ela defende e pratica correspondem aos seus.

O ESG tem grande impacto em como uma empresa é vista, independente de seus resultados financeiros, em um cenário em que o propósito de uma empresa e seus valores tem sido muito valorizado por investidores e também pelo consumidor final. Assim, existe um novo paradigma de negócios em implementação nas empresas, sobretudo as de capital aberto, na quais o desemprenho nos critérios de ESG pode fazer toda a diferença na cotação de mercado da empresa, além de influenciar na votação dos acionistas.

Assim, as práticas de “Environmental, Social and Governance” (ESG) trazem oportunidades para as empresas. Além de mitigar riscos e gerar valor no longo prazo, é possível integrar o ESG com estratégias corporativas, melhor governança e maior comunicação entre os acionistas e partes interessadas. Adotar práticas de ESG exige adaptação das empresas a processos mais sustentáveis e práticas tradicionalmente ligadas à Economia Circular, o que pode ser uma boa forma de atrair o público crescente interessado no consumo consciente.

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